segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O que mudou no Facebook

O que mudou no Facebook
Publicado em 22.Setembro.2011
Mark Zuckerberg, homem forte do Facebook, apresentou esta quinta-feira as mudanças que compõem a nova fase da rede social. A transmissão em directo, via Facebook, chegou a ter mais de cem mil pessoas ao mesmo tempo a assistir, neste que era um dos mais antecipados anúncios da rede.

Entre as novidades mais ou menos do conhecimento geral ou adivinhadas por especialistas, algumas surpresas. Neste quarto "F8", a rede social mostrou alguns dos projectos em que os seus criativos têm andado a trabalhar, tendo por base a ideia de que, agora que já temos na rede os nossos amigos e o que vamos fazendo todos os dias, está na hora de dar o salto. "O próximo ano vai ser definido pela profundidade da ligação com os outros, agora que todas as ligações já foram estabelecidas", garante Zuckerberg.

Ou seja, o Facebook já não está preocupado em crescer em números, mas em manter os utilizadores que foi coleccionando e em aumentar a sua interacção com os outros. Como é que pretende fazê-lo? Primeiro, através do "centro da experiência do utilizador no Facebook: o seu perfil". Este "produto realmente pessoal" vai deixar de ser instantâneo (e mostrar apenas o que se fez no momento) e vai passar a compilar memórias A nova funcionalidade chama-se "Timeline" e é uma "forma completamente nova de partilhar quem somos". Com esta opção, o Facebook pretende compilar o que vai sendo partilhado, para evitar que eventos importantes caiam no esquecimento, num espaço em que o utilizador consiga "ter orgulho de chamar casa".

Mas isto apenas serve para os primeiros "15 minutos de conversa" entre utilizadores. O principal objectivo, para além de continuar a compilar o que nos vai acontecendo (agora de uma forma mais interessante e menos caótica) é dar maior espaço à partilha. Por isso, e para ajudar a tornar a experiência ainda mais social, os utilizadores vão deixar de partilhar o que fazem ou de "gostar" de um filme, por exemplo, para passar a "ver" o filme e, porque não, a vê-lo em simultâneo com os "amigos" via Facebook.

A apoiar esta pequena grande mudança está um novo tipo de aplicações OpenGraph, que deixa marcar um livro como "lido" ou um programa como "visto" e, igualmente, deixa o utilizador fazer diversas operações sem sair da rede, como ver uma série, ouvir uma música ou jogar um jogo entre amigos.

Confuso? É simples: o amigo A está a ver, imagine-se, uma série de televisão na Internet. Em vez de clicar no "gosto" na página da série, como antigamente, o amigo pode escolher ver a série no Facebook, através de uma aplicação disponibilizada pela empresa detentora do vídeo. Uma notificação aparece no já infame "Ticker", do lado direito do ecrã. O amigo B vê e fica curioso, clicando na notificação para ver do que se trata. Aí, e ao adicionar a aplicação, pode assistir igualmente à série, enquanto agradece a descoberta ao amigo (ou ao acaso) ou critica os fracos gostos do Amigo A.

Desta forma, as opções "lido", "ouvido", "visto", "feito", etc, tal como já tinha sido adiantado por muitos, vão passar a fazer parte da nossa vida online. Da mesma forma que o botão "gosto" passou a fazer, há incrivelmente bem pouco tempo, tornando-se já quase um símbolo da rede social e da nossa presença nos social media. De igual forma, vai ser possível ouvir música ou ver um filme de forma social... online.

Com este anúncio confirmam-se rumores, mas adicionam-se alguns bónus. Em vez de lançar o Facebook Music, o Facebook fez, com isto, um completo redesenho das suas aplicações e espera revolucionar não só a experiência social online, como ajudar algumas indústrias fragilizadas pela generalização dos downloads.

A aposta é arriscada tendo em conta que a maioria dos serviços que embarcaram na aventura com o Facebook está disponível em poucos países. Mas esta é, sobretudo, uma manobra de compilação de aptidões, que pode fazer do Facebook uma mistura de tudo e mais alguma coisa. A questão que se coloca é, no entanto, se as pessoas vão preferir a comodidade de ter todas estas funcionalidades num só local ou vão continuar a preferir "separar bem as águas". 

Fenprof vai apresentar queixa na PGR por causa de concurso de professores

Fenprof exige que a situação seja corrigida
Mário Nogueira anunciou hoje que a Federação Nacional dos Professores vai apresentar queixa na Procuradoria-Geral da República contra o concurso de professores por considerar que houve uma clara intenção de privilegiar os contratos mensais.

Durante uma manifestação à porta do Ministério da Educação, onde se concentravam algumas dezenas de professores, Mário Nogueira anunciou que a queixa assenta na certeza de que há indícios de manipulação prévia no concurso de colocação de professores "porque o sistema informático, entre os dias 15 e 20, bloqueava a opção anual, restando apenas a mensal".

"Houve uma intenção deliberada para que os contratos anuais passem a temporários", acusou o líder da Fenprof.

Ainda segundo este responsável, a intenção da Fenprof não é anular a colocação daqueles professores que conseguiram entrar nas escolas através deste concurso mas sim corrigir a situação daqueles que ficaram de fora. Não se sabe quantos professores estão nesta situação.

Recorde-se que os horários por preencher que as escolas introduziram na plataforma informática da Direcção-geral de Recursos Humanos da Educação, que gere a colocação de professores, começaram a ser transformados em contratos de um mês a partir do passado dia 14. Expiram em Outubro. Estas alterações foram assumidas pela plataforma informática sem antes terem sido divulgadas publicamente.

Por causa desta alteração, que não corresponderá aos pedidos apresentados pelas escolas, os professores que se candidataram a horários anuais foram automaticamente preteridos nas colocações. Em seu lugar foram colocados docentes com menos tempo de serviço e que se encontravam muitos lugares abaixo na lista de graduação para concursos, elaborada também com base nos resultados da avaliação docente.